Bem vindo à Rede Lusófona Carbono Azul

A rede Carbono Azul pretende, de forma despretensiosa, ser um ponto de contacto e de convergência entre pessoas e entidades com interesses comuns, uma plataforma facilitadora e aceleradora de contactos.

Nesse contexto, as temáticas abrangidas serão não apenas o papel dos ecossistemas marinhos e costeiros na captura e armazenamento de carbono e na "economia azul", mas também outros benefícios e serviços dos ecossistemas de carbono azul, as ameaças que pendem sobre os mesmos, os projetos e iniciativas para a sua conservação, valorização e regeneração, entre outros assuntos relacionados.

benefícios

Os ecossistemas de carbono azul incluem algas, ervas marinhas, mangais, sapais e outras plantas de zonas oceânicas ou húmidas costeiras. A captura de CO2 atmosférico pode ocorrer 30 vezes mais rapidamente do que em ambientes terrestres.

Além da captura e armazenamento de carbono, estes ecossistemas prestam outros serviços e os benefícios são amplos e diversos: filtração da água (pesticidas, metais pesados, fertilizantes ou excesso de nutrientes), proteção costeira contra tempestades e inundações, reduzindo o impacto das ondas e atuando como zonas-esponja; proteção relativamente ao aumento do nível do mar, ajustando-se através da captação de sedimentos; prevenção da erosão costeira, através da estabilização de sedimento; fornecimento de alimentos, água, abrigo e sustento através de recursos como a pesca, apanha de invertebrados e recolha de madeira ou fibras; habitat de muitas aves e de peixes; zonas de recreação e turismo; fonte de inspiração e desenvolvimento cultural, através dos meios de transporte, medicamentos, conchas, culinária, etc.

ameaças

Os ecossistemas de carbono azul estão no entanto em rápido declínio global, sendo as principais causas em grande parte impulsionadas pelas atividades humanas. As mais comuns são a aquacultura, a agricultura, a exploração florestal de mangais, a poluição tanto da terra como do mar e o desenvolvimento costeiro industrial e urbano.

Todos estes fatores são ainda mais agravados pelo fenómeno das alterações climáticas. Quando estes ecossistemas de Carbono Azul são degradados, perturbados ou convertidos, podem passar de grandes sumidouros de carbono a emissores significativos de carbono, levando a efeitos climáticos ainda mais negativos.

como funciona

Sendo uma rede que pretende integrar participantes de Portugal e dos países lusófonos, a língua principal a utilizar será o português, podendo naturalmente ser partilhado conteúdo em inglês, decorrente de publicações, eventos, etc.

A comunicação na rede não é unilateral. É aberta, no sentido em que os participantes podem (e devem) partilhar/divulgar publicações, eventos, conhecimentos, e informação em geral que possa ser de interesse para outros participantes na rede.

Uma vez que os ecossistemas são diferentes nas diversas zonas geográficas, será aconselhável, para uma eficiente da troca de informação, identificar no campo "assunto" o país ou sistema que está em causa; ex.:

(Mangal) Novo projeto de conservação arranca em Timor.

É importante seguir o Código de Conduta da rede.

Carbono Azul
rede lusófona

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À excepção do seu email, a informação recolhida poderá vir a ser partilhada junto dos outros elementos da rede para efeitos de uma breve apresentação dos novos elementos.

A sua informação não será usada para fins comerciais.

Paula Lopes da Silva é licenciada em Biologia, Ramo Recursos Faunísticos e Ambiente pela Faculdade de Ciências de Lisboa, tendo frequentado um Mestrado em Gestão, Modelação e Ecologia de Recursos Marinhos e desenvolvido alguma investigação em invertebrados estuarinos. Vive numa região com uma extensa frente estuarina de sapal e antigas salinas e trabalha na função pública local. Tem colaborado com ONG sobretudo na área da biodiversidade e políticas europeias, sendo atualmente dirigente de uma organização sediada em Bruxelas.

A motivação para criar a Rede Carbono Azul reside no gosto por ambientes marinhos e estuarinos e por temas interdisciplinares. A importância dos estuários e do meio marinho para o sistema climático e carbónico, o valor ecológico de ecossistemas que urge valorizar, preservar e regenerar e, por outro lado, a convicção de que a inovação, o progresso e evolução assentam fundamentalmente na interligação e parcerias, levou à ideia de dar um pequeno contributo. Um ponto pode ser pequeno e insignificante, mas pode ajudar a ligar outros pontos.

A decisão foi tomada no Dia Mundial dos Oceanos, 8 de junho 2022 e a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas em Lisboa ajudou a avançar mais depressa com este projeto, que navegará nas águas e no tempo que fizerem sentido para os seus participantes.